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Viajando na maionese: Só faltava Plutão

Uma década e US$720 milhões depois, finalmente desbravamos Plutão. Mas será que valeu à pena?
Sempre me interessei pelas histórias de exploração espacial e não estou falando apenas da ficção científica. Tudo relacionado ao desbravamento de nosso sistema solar desperta minha curiosidade e tenho assistido muitos documentários sobre o assunto. Recentemente a missão Voyager fez 40 anos e as fantásticas espaçonaves que desvendaram os segredos dos "gigantes gasosos" ainda continuam sua missão, mas agora mandando informações de fora do nosso sistema solar, em pleno espaço interestelar. Mas ainda faltava um "planeta" a ser explorado e seu nome foi cercado por polêmicas nos últimos anos: Plutão. Depois de quase uma década viajando, finalmente a missão "New Horizons" fez sua aproximação a Plutão e cumpriu seus objetivos.

Após ser descoberto por Clyde Tombaugh em 1930, Plutão sempre foi cercado por mistério e polêmicas. Seja por sua órbita bizarra ou por sua curiosa rotação com sua maior lua Sharon, este planeta intrigou cientistas por décadas. Na verdade, tecnicamente falando, não podemos mais considerar Plutão como um planeta, mas sim um "planeta anão". Tudo isso porque em 2006, durante uma votação muito polêmica em que astrônomos (e não cientistas planetários?!) decidiram que ele deveria ser reclassificado para evitar que outros corpos celestes recém descobertos na região do "Cinturão de Kuiper" também fossem considerados planetas do sistema solar.

Alheia a toda essa polêmica, no mesmo ano a espaçonave New Horizons foi lançada em direção ao distante planeta em uma das missões espaciais mais ousadas de todos os tempos. Para percorrer os mais de 3 bilhões de quilômetros, ela teve que se "pegar embalo" nas órbitas dos gigantes gasosos até atingir uma velocidade superior a 20 quilômetros por segundo (!). E não foram pequenos os sustos enfrentados. Em 2012 os cientistas descobriram que não sabiam exatamente onde Plutão estaria em sua órbita e precisaram consultar dados colhidos na década de 30 para refazer os cálculos. Dias antes da chegada a Plutão o computador central da espaçonave passou por uma sobrecarga (tela azul?) e precisou ser reprogramado.

Ainda assim, tudo deu certo e a New Horizons sobrevoou Plutão em 14 de julho de 2015. E os resultados científicos são impressionantes e continuarão a chegar à terra anos após essa aproximação. Além da descoberta de montanhas de gelo e de atmosfera de nitrogênio, outros dados colhidos irão ajudar a entender a formação do nosso sistema solar e quem sabe até a trazer novamente o status de planeta a Plutão. Para você ter uma ideia do avanço em termos de informações de Plutão, veja a seguir a melhor imagem que tínhamos dele antes dessa missão:
Imagem de Plutão e sua lua Sharon feitas pelo telescópio Hubble
Se você quiser saber mais sobre essa fantástica missão, ficam aí algumas dicas:

Mais uma vez fica evidente a fantástica capacidade dos seres humanos em explorar o nosso sistema solar com genialidade e coragem. Ficamos na expectativa da próxima aventura que irá expandir nosso conhecimento e alargar ainda mais nossas fronteiras.

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