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Filme da Vez:Cidades de Papel(2015)

Road movie, filme de mulherzinha, ou só de adolescente? E comparando quanto ao livro, a perda foi grande? Confira no review abaixo


O cabelo é uma jogada para que ela pareça a Hermione...E le lê...


Nota imdb: 7,4 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Paper Towns
Ano de Lançamento: 2015
Diretor: Jake Schreier
Estrelas: Cara Delevingne(como Margo. A menina fez Anna Karenina e também teve participação no GTA V(!)), Halston Sage(como a controversa amiga de Margo Lacey),  Austin Abrams(que faz o Ben Starling, mas estava no Os Reis do Verão e Caça aos Gângsters), Nat Wolff(que no filme faz Quentin Jacobsen, o protagonista, mas o cara é tão segundário que até aqui vamos listá-lo por último)e outras estrelas.
Sinopse: Depois de uma noite de vinganças e pendências, Margo deixa a cidade com uma trilha de pistas para a única pessoa que de fato se importa. Tudo isso bem perto da formatura antes da partida para a faculdade.

Cidades de Papel é uma das mais bem sucedidas obras de John Green, o autor que foi popularizado no cinema com "A culpa é das estrelas". Já algum tempo o blog ficou sabendo dos toques finais das gravações pelo videoblog do autor e eu fiquei responsável de adicionar mais um livro dele a minha coleção(li o A Culpa…, O Teorema Katherine e Quem é Você, Alasca?) até para um review mais justo. Pois é…

Antes de tudo, vamos a sinopse básica: vemos a incrível Margo, a menina parecia a mais incrível da cidade, que mudou desde de pequena para ser a vizinha e amiga de Quentin, mas com o tempo foi se distanciando até uma noite que ficaria com a anterior do sumiço dela. E ela deixa uma série de pistas que Q, Quentin, e seus amigos devem seguir para encontra-la. 

O livro é realmente para o público adolescente. Aliás o grande mérito de John Green é justamente se comunicar de forma magistral com eles. Só que isso às vezes significa aquele tudo-ou-nada típico dessa idade que pode irritar o leitor mais velho. 

A construção da personagem Margo no livro me lembrou em alguns momentos de toques do Flores do Mal, daquela necessidade de se sentir viva, de buscar seus reais sonhos, e não o que se esperaria do planejamento de outras pessoas sobre ela. A parte do policial que fala com Quentin do começo do sumiço de Quentin é um dos pontos altos. A teoria das linhas que se arrebentam na cabeça das pessoas também. Há um toque sinistro no livro constante no processo de busca de Margo. A fase de fim da escola e começo da vida adulta/faculdade só maximiza um pouco as coisas. O desenvolvimento dos personagem também foi construído para a evolução da relação e descoberta de pré-idéias sobre eles, e por fim, o mundo. A mensagem final é uma interessante reflexão sobre objetivos/expectativas e como lidamos com tudo isso. Só que no filme…

As atuações são sofríveis. O protagonista era para ser tímido, mas deveria instigar simpatia naquele que parecia realmente se importar com o sumiço de sua amiga/amor platônico. Sim, ele é aquele amigo cego do A culpa é das Estrelas. Porém, tirando a semelhança ao Howard do The Big Bang Theory, só sobra raiva pela pouca presença em tela dele. Quem rouba a cena até certo ponto é o ator que interpreta Ben, mas até certo ponto. O ritmo do filme é péssimo ainda que você tenha percebido a clara vontade de impor um clima de anos 80 no filme. Vai ser uma longa tortura para o público masculino. A trilha sonora também não ajuda definitivamente. Tipo 4 pessoas com relações improváveis atrás de um objetivo em um processo de transformação de vida. Sim, você já viu vários filmes como esse na Sessão da Tarde. Só que eles foram muito melhores do que esse filme.

E para finalizar a lamentável transposição do filme, o final é pior do que a do livro, na nossa opinião. Se o final do livro não é a melhor ideia definitivamente, no filme há uma quebra enorme do pouco ritmo e o clima não funcionou pela ausência de desempenho/empenho dos atores. Talvez culpa da direção e roteiro. Uma pena já que era, junto com a escolha certa de gastar mais tempo na viagem do que a descoberta das pistas no filme, mais um plus do filme frente ao livro. Mais do que nunca, vale muito mais a pena ler o livro do que ver o que fizeram com a história no filme. Não recomendamos essa roubada.



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