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Filme da vez: Divergente

Depois desta imagem, realmente preciso dizer alguma coisa?
Nota imdb: 7.0 (até o dia da postagem): IMDB
Título original: Divergent
Ano de Lançamento: 2014
Estrelas: Shailene Woodley , Theo James , Kate Winslet
Diretor: Neil Burger
Sinopse: Em um mundo dividido por facções com base em virtudes, Tris descobre que ela é ivergente e não vai ser conseguir se adequar. Quando ela descobre uma conspiração para destruir os divergentes, Tris e o misterioso Quatro deve descobrir o que faz divergentes perigosos antes que seja tarde demais.

A cada dia que passa fica inegável e evidente que o cinema hollywoodiano está mais preocupado com lucros do que com a qualidade de suas produções. Se a qualidade trouxer lucros, tudo bem, mas se for possível evitá-la para economizar ou preciso comprometê-la isso é feito muitas vezes de forma inescrupulosa. Nesta onda, os produtores e estúdios garimpam o mercado de livros em busca de possíveis franquias de sucesso capazes de alimentar seus cofres por alguns anos. A bola da vez é Divergente, um filme que adapta um romance "teen" de 2011 e prepara terreno para a continuidade da série no cinema para adaptar os outros dois livros.

Não conheço os livros e não quero cometer nenhuma injustiça com a obra original, portanto todos os meus comentários dizem respeito à adaptação ao cinema. 

A premissa de um mundo dividido em facções baseadas em virtudes é bem interessante e nos faz pensar em várias metáforas sobre controle social, desvalorização da criatividade e da diversidade, preconceito, etc. Dentro disso, o fato de pessoas com vários talentos (os divergentes) serem perseguidos acentua esses conceitos e povoa o conflito central da história que ainda guarda alguns mistérios (por que as muralhas?).

O filme consegue construir esse cenário de forma interessante, mas falha em desenvolver melhor as personalidades e motivações dos coadjuvantes. Talvez seguindo a ideia do livro, a película é claramente voltada para o público adolescente (ou "young adults"). Podemos até perceber vários temas relacionados como a crise de identidade e também alguns clichês colegiais como "o cara valentão que pega no pé geral" e o "bonitão que é bom em tudo e no fundo é gente boa". Mas, na minha opinião, talvez o maior problema do filme seja tentar se vender como o "novo Jogos Vorazes".

E esse erro se acentua pelo fato deste filme não ter a Jennifer Lawrence como protagonista. A atriz Shailene Woodley é muito talentosa, mas está longe do brilho de Lawrence e de ser merecedora de um Oscar. Seu interesse romântico é interpretado por um ator que não conseguiu fugir do estereótipo de "rosto bonitinho". Seu pai parece ter saído de um DeLorean fumegante diretamente do set de "Ghost". Até mesmo Kate Winslet está muito aquém de seu potencial e parecendo uma diretora de escola chata no papel de megera dominadora e vilã do filme.

Por tudo isso, não tenho como abandonar o sentimento de "poderia ter sido melhor". O bom potencial da história foi desperdiçado com um fraco desenvolvimento de seus personagens e com a tentativa de vender o filme como a nova moda para adolescentes. O diretor Neil Burger, que já havia dirigido o excelente "Sem Limites", deixou a desejar e entrega apenas mais um "cheeseburger" genérico, fruto da atual fast food cinematográfica de hollywood (ou você achava que eu ia perder o trocadilho com o nome do diretor?).

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