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Filme da vez: O Barco - Inferno no Mar


Nota imdb: 8,4 (até o dia da postagem):  (http://www.imdb.com/title/tt0082096/)
Título original: Das Boot
Ano de Lançamento: 1981
Diretor: Wolfgang Petersen
Estrelas: Jürgen Prochnow, Herbert Grönemeyer, Klaus Wennemann
Sinopse: No auge da Segunda Guerra Mundial, a jovem tripulação do submarino alemão U-96 parte para uma missão secreta. Durante a Batalha do Atlântico, sob o comando do capitão Henrich Lehmann-Willenbrock (Jürgen Prochnow), os recrutas inexperientes vivem num verdadeiro inferno claustrofóbico afundando navios inimigos e resistindo aos ataques constantes.

De vez em quando eu gosto de assistir a filmes antigos que não tive a chance de ver ainda. Geralmente o que faço é ordenar filmes por nota do imdb e pegar um que seja bem cotado. Foi assim que descobri este filme, que apesar de poder ser situado no gênero de gerra, é bem diferente do que estamos acostumados e traz um clima muito mais claustrofóbico e uma guerra mais psicológica.

O roteiro do filme mostra os integrantes da tripulação de um dos temidos "U-Boats" alemães durante toda uma missão onde precisam superar as limitações técnicas de seu equipamento e os perigos do pioneirismo da guerra submarina para cumprirem sua missão e sobreviverem aos ataques fulminantes dos ingleses. O fato do filme ser alemão, feito por alemães, é algo positivo e nos dá uma rara oportunidade de ver eventos da Segunda Guerra Mundial na perspectiva deles, desmistificando um pouco da imagem de frios e cegamente obedientes a Hitler. Acho esse tipo de exercício muito interessante, algo que já foi explorado por Clint Eastwood em seus dois filmes sobre a batalha de Iwo Jima, um sob a perspectiva americana e outro sob a perspectiva japonesa.

Ao assistir a versão do diretor (com cerca de três horas e meia de filme), somos convidados a embarcar com a tripulação e vivenciar a realidade claustrofóbica e precária de um submarino da época. Esqueça qualquer tipo de dispositivo eletrônico de comunicação ou localização, tudo era analógico. O capitão precisava tirar sua posição do sol e se guiar submerso nas batalhas ouvindo os sons do inimigo (que já possuíam sonar) e tomando decisões mais baseadas no seu instinto do que em qualquer dado preciso. E este filme cumpre maravilhosamente o papel de nos transportar a este ambiente hostil e assustador, onde  a frieza e os nervos de aço valem mais do que uma metralhadora.

Outro aspecto onde o filme tem sucesso é em mostrar os dramas pessoais e o poder destruidor que a guerra tem sobre a mente dos soldados. Jovens precisam abrir mão de sonhos e amores para lutar por líderes que não os valorizam e insistem em enviá-los para missões suicidas. Dos cerca de 40 mil soldados enviados para submarinos alemães na 2ª Guerra, mais de 30 mil foram mortos e sepultados no oceano.

Para os fãs de filmes de guerra ou que gostam de um bom drama, fica aí a recomendação deste filme que marcou época e hoje ainda consegue cumprir com louvores seu objetivo. Para tirar o máximo da experiência, é preciso relevar os efeitos especiais precários das tomadas externas e lembrar que é um filme com a minha idade (eita, estou ficando velho). Bem que os filmes de hoje, que dispõem de efeitos fantásticos e realistas, poderiam aprender várias lições deste clássico. Eu, particularmente, não trocaria este filme por nenhum blockbuster explosivo de Michael Bay.

Um comentário:

  1. Realmente é um dos filmes de guerra que eu mais gosto... Acrescentaria uma das primeiras cenas do filme, onde eles encontram os poucos comandantes que sobraram... Filme que se tornou um clássico por um motivo mega respeitável. Muito bom!

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