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Viajando na maionese - Nem tudo que é menor, é melhor


Como os aparelhos da Apple, infelizmente, estão ficando cada vez mais fechados, e lamentavelmente, mais "datados"


Meu primeiro Mac foi comprado em setembro de 2007. É um modelo muito bonito até hoje, uma versão negra que por problemas técnicos ainda não tem um similar unibody. É um MacBook que até hoje se encontra em funcionamento. Na época da compra, pesou um preço um pouco mais amistoso dos até então praticados no Brasil e a possibilidade de rodar em boot compartilhado o Windows. Apesar das primeiras dificuldades, gostei muito da estabilidade do MacOS, da qualidade da máquina e da surpreendente capacidade de upgrade.

Com efeitos especiais o meu fica igualzinho! :P

Como um dos exemplos mais clássicos de Arquitetura Fechada, a Apple optou originalmente, e também,  muitos anos depois, na volta de Steve Jobs, por controlar totalmente ou muito de perto todos os passos de fabricação de seus produtos. Não haveriam mais clones e as soluções tenderiam a exclusividade de plataforma. Compatibilidades de mercado muitas vezes seriam ignoradas. Um exemplo clássico foi a relutância em usar o padrão HDMI(havendo os polêmicos mini-DisplayPort, dor de cabeça para muitos) e a resistência, até hoje, de incorporar uma leitora BluRay(algo que agora tende a não acontecer mais já que a empresa disponibiliza filmes por seus serviços on line e também pela tendência de remoção das unidade óticas) . Sendo assim, era de se esperar uma dificuldade muito grande de evolução de configuração de uma máquina. Porém encontrei outra realidade uma vez proprietário de uma dessas máquinas.

A bateria daquele modelo tinha o popularmente conhecido como por "baia", ou seja, era possível facilmente remove-la e substitui-la(Isso se mostrou muito útil pelo lamentável defeito de "estufamento" com o tempo de uso). Uma vez removida, era possível acessar um slot em formato "L" que permitia substituir o HD e trocar os módulos de memória. Tudo isso sem abrir a máquina e sem risco de perda de garantia(claro, desde que ninguém estrague nada lá dentro, naturalmente).



Ok, isso eu já tinha experimentado já no inicio da decadência da série Vaio, da Sony, nos antigos Pentium 4. Porém na Apple tudo era muito bem feito, em metal, plástico e com um minucioso cuidado da disposição de peças. Claramente se via a preocupação pela dissipação de calor. Conforme orientação geral de Jobs, a máquina só deveria ligar a "ventoinha" apenas em situações estremas de temperatura.

Ainda que a tela seja o maior ponto fraco, foi uma máquina que permitiu muitas diversões e aventuras. Porém hoje a idade pesa sobre a mesma e a bizarra limitação de upgrade de 6 Gigas máximos de memória DDR2 , o abusivo preço encontrado em pentes de estado duvidoso, quase a condena à aposentadoria.

A minha outra máquina, um MacBook Pro de 2010 começa também a sentir uma ou outra "dorzinha" do passar dos tempos. Ela é uma máquina muito curiosa. Já na linha dos unibody, seu corpo de alumínio tem vantagens e desvantagens. Ainda que mais resistente a arranhões do que eu imaginava(em teoria seria um material muito semelhante ao usado na fuselagem de aviões), ela claramente tem como ideia a dissipação de calor, o que no i7 da primeira geração, é um problema. O processador pode chegar a 99 graus... A placa de vídeo dedicada também não ajuda na questão de temperatura. Mesmo assim, é uma máquina muito boa!

Nela coloquei mais memória(Fica a dica: quem tem esse modelo do final de 2010, infelizmente tem que procurar por pentes de 8 gigas que realmente sejam 1077 se desejam os 16 gigas. Bizarramente ela aceita pentes de 1333 ddr3 em pares de 4 gigas, porém quando se quer chegar ao limite teórico de 16 gigas, a máquina dá kernel panic e outros probleminhas...:( Uma pena.), substituí a unidade ótica por uma baia para outro hd(Fica a dica: é possível encontrar algo parecido aqui no Brasil, mas vai que vc conhece alguém que estaria de passagem no Tio Sam, seria isso aqui: http://www.amazon.com/Adapter-Special-Designed-macbook-SuperDrive/dp/B0057V95M6/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1375360423&sr=8-1&keywords=Caddy%2FAdapter+Mac), onde coloquei um ssd(Fica a dica: aos que desejam colocar um SSD em um mac: não o coloque no lugar do hd normal, no final da máquina, e sim no antigo lugar do CDROM. Os SSDs são mais frios e funcionam perfeitamente no interior da máquina, que já tem problemas suficientes de gestão de temperatura. Um hd normal esquema muito, por isso ele é colocado no final da máquina, perto dos canos de refrigeração. A ideia é que o calor saia ou que seja mais fácil de expulsa-lo. Outro HD no meio da máquina pode gerar mais calor para uma zona já quente e assim, trazer consequências desagradáveis).

Ainda que exista a possibilidade de um upgrade teórico de placa de video, como as placas dedicadas que funcionam fora e são "plugáveis", a verdade é que normalmente a Apple não investe em um hardware que "gamers" venham a considerar como viáveis. São mais máquinas de trabalho que toleram jogar jogos, mas em configurações bem modestas. O discreto movimento de mais e mais jogos agora nativos em MacOS é motivado pela base de usuários crescente, porém esbarra nessa limitação de hardware. (Há curiosamente uma reportagem de um caso de um macbook air rodando jogos com um framerate respeitável (http://gizmodo.uol.com.br/video-macbook-air-para-jogos/) . Quando isso é viável? Quando temos uma placa de vídeo boa que foi substituída por uma mais rápida e uma máquina com uma interface rápida suficiente para ter esse poder gráfico emprestado(firewire 800 ou thunderbolt são ótimos exemplos). Porém, tal como o próprio autor relata, bonito não fica.(147,99 + 29,00 + 75,00 = 251,99 doláres sem contar fonte e placa (http://www.amazon.com/Sonnet-Echo-ExpressCard-Thunderbolt-Adapter/dp/B0080MQJJ6/ref=sr_1_sc_1?ie=UTF8&qid=1375288102&sr=8-1-spell&keywords=echoexpresscardhttp://www.amazon.com/Apple-MD862ZM-Thunderbolt-Cable-VERSION/dp/B00B3Y4U4E/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1375312534&sr=8-1&keywords=thunderbolt+cable + http://www.amazon.com/PE4L-EC2C-PCIe-passive-adapter-ExpressCard/dp/B00B2OO6TO/ref=sr_1_1?s=electronics&ie=UTF8&qid=1375290068&sr=1-1&keywords=PE4L)))

Assim, mais uma vez é possível que essa máquina minha mais nova venha a se aproximar de uma possível substituição. Nesse cenário, iremos analisar e tentar compreender quais serão os próximos passos da Apple nesse campo.


Retina é a solução? Não, e principalmente com o presente de grego


Uma das principais críticas, muitas vezes corretas, quanto aos Macs é um questionável custo x benefício em termos de hardware. Isso fica claro, ironicamente, em uma área que sempre teve destaque: o vídeo. A tela dos Macs tem como configuração padrão 1440x900 com placas "onboard", como a série atual 4000. Como se sabe, a média de mercado é 1900x1080. :( Isso muitas vezes atrapalha na visualização de uma janela a mais em uma ferramenta ou simplesmente no look and feel das imagens no note. Aí, segundo muitos, tudo iria mudar com a vinda da tela Retina.

A chamada tela Retina, a qual ficou famosa nos iPhones e iPad, fatalmente iriam chegar aos notebooks. E de fato permitiu uma ótima resolução de 2560x1600 no MacBook Pro de 13 e  2880x1800 no de 15 polegadas , levando a expressões de entusiasmo. Porém problemas de fluidez em filmes e problemas de transições entre modos gráficos indicam que ainda é um produto em construção.

Ok...Praticamente apenas shoppings tem TVs de 60 polegadas...:P

Porém, não muito tempo depois, outros fabricantes apresentaram alternativas mais baratas e, as vezes, de melhor desempenho. O chamado Chromebook Pixel, e posteriormente os novos notebooks da Samsung utilizando a tecnologia QHD, apresentaram resoluções maiores e com consumo menor (2560 x 1700 e 3200 x 1800 respectivamente em modelos de 13 polegadas).

No Brasil, os primeiros modelos com Retina viraram até piada(de mau gosto) com o preço sugerido de 9.999,00 reais. A atualização das família significou um aumento generalizado e que no final, na família MacBook Pro representou um aumento de mais de 800 reais. Ainda assim, a pior notícia não era apenas o preço.

Conforme maiores detalhes foram sendo fornecidos, se constatou que a máquina tinha diminuído de grossura, com um preço considerável para uma parte do público, além do custo: por falta de espaço, os chamados slots de conexão a memória e o próprio espaço para um HD foram considerados grandes demais. O alvo era tornar parte dos MacBook Pros muito próximos aos populares MacBook Air. E isso se traduziu em placas soldadas e que desencorajavam que os seus usuários venham a modificar as configurações iniciais.

Muito se questionou quanto ao preço(excessivo inclusive para os americanos, segundo muitos) e ao triste destino de limitação de um hardware bom hoje, porém ultrapassado no futuro próximo. Havia a desconfiança clara de intenção de  forçar a troca de máquinas em um ritmo mais rápido que se via até então. Há opções de upgrade de memória RAM em lugares como iFixit, porém com risco real de perda de garantia, algo inédito há muito tempo no mundo das maças.

Mesmo assim, como parte do publico dos Macs são de profissionais que precisam de mais desempenho do que as configurações padrão, uma parcela dos produtos não sofrerou essas limitações de soldagem. Contudo vem chegando provavelmente em setembro/outubro a atualização de todos os MacBook Pro, família que tem mais de 400 dias de distância quanto ao último lançamento.(Dica: é possível sempre observar uma recomendação de compra com base no número de dias da última atualização. Consulte sempre essa lista antes de decidir comprar algo da Apple. (http://buyersguide.macrumors.com/#MacBook_Pro)). É essa parcela que pode selar uma tendência real na Apple, o que gerariam essas perguntas:

- Seriam os novos modelos sugeridos com SSDs ou esses DEVEM obrigatoriamente fazer parte da configuração, em slots soldados?

- Haveria ainda versões que não contariam com telas Retina, porém com todas as atualizações esperadas na nova família Haswell, ou seja, maior autonomia de bateria, melhor desempenho gráfico e uma modesta melhora em poder de processamento?

- Se uma vez tidas como obrigatórias, as telas retina iriam modificar o preço?

Há uma crescente sensação de quebra de magia no mundo Apple, e preocupação no Brasil pelos preços abusivos, ainda que consideráveis as contribuições de impostos, frete e lucros das revendas.

Ironicamente uma parcela de produtos, ainda que mais simples, pode decidir para muitos a permanência ou adoção como produtos preferidos. A seguir, cenas dos próximos capítulos.

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