tag:blogger.com,1999:blog-6243858900950546357.post6086790002920580364..comments2023-02-13T10:21:55.447-03:00Comments on Mexido Digital: Filme da vez: 12 Anos de EscravidãoMichaelhttp://www.blogger.com/profile/01764762498067242009noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-6243858900950546357.post-60225559207772942942014-02-12T10:33:05.982-02:002014-02-12T10:33:05.982-02:00É isso aí, viva a diversidade! O mexido é democrát...É isso aí, viva a diversidade! O mexido é democrático e está sempre aberto a opiniões diferentes!<br /><br />Valeu pelo comentário, co-editor!Michaelhttps://www.blogger.com/profile/01764762498067242009noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6243858900950546357.post-35183488004684118122014-02-12T10:18:57.489-02:002014-02-12T10:18:57.489-02:00Um pouco de contexto. O tráfico de escravos nos EU...Um pouco de contexto. O tráfico de escravos nos EUA foi proibido em 1815, porém, tal como o Brasil, essa prática permaneceu até 1860, quando o norte do país tinha a campanha abolicionista muito forte. Foi nesse ano, com os republicanos(que ironia!) liderados por Abraham Lincoln, iniciaram consequências sérias da prática escravista que iriam culminar no inicio da Guerra Civil que iria de 1861 até 1865 entre União versus Confederados.<br />No Brasil, por pressão da Inglaterra, o Brasil também viria proibir o tráfico em 1850 com a Lei Eusébio de Queirós, reduzindo os números e aumentando os preços dos contrabandiados. Em 1871 veio a Lei do Ventre Livre, e em 1879 o movimento abolicionista pegou momento e apenas em 13 de maio de 1888 a Lei Áurea foi publicada e zelou o destino da monarquia no Brasil.<br />O meu pai sempre falou que não gosta de ver filme de drama e nem de terror. A lógica disso, segundo ele, é que ninguém deveria pagar para se assustar ou ficar mais triste. Porém, ele admite, há vezes que você simplesmente tem que encarar uma história que mostra uma face da nossa realidade. E sim, às vezes ir ao cinema com a missão de ver um filme triste é como ir ao dentista: vai doer, só que pode isso me fazer bem no final das contas.<br />O filme retrata eventos que ocorreram entre 1841, com o sequestro do protagonista, Solomon Northup(interpretado por Chiwetel Ejiofor, de forma magistral) até a conclusão de sua desventura, em 1853. É um filme pesado, cruel, e muitas vezes deprimente. Mas eu considero como um regaste de lamentáveis eventos que nunca devem ser esquecidos. Como relatado no review do Independent(cuidado, há vários spoillers. Leia depois do filme http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/films/reviews/12-years-a-slave-film-review-steve-mcqueen-forces-us--to-confront-the-brutality-of-slavery-9046111.html) , há sim paralelos entre o livro que foi bestseller nos 1850s e o Diario de Anne Frank. Ambos são relatos de sobrevivencia de pessoas que são reduzidas a coisas ou animais.<br />O filme relata a visão até então vigente de "propriedade falante", tendo o momento mais pugente dessa linha de pensamento o momento quando o cruel senhor de engenho Edwin Epps(feito pelo excelente ator Michael Fassbender) diz:"There is no sin. A man does as he pleases with his property". E o personagem principal sofre justamente por insistir em se considerar uma pessoa, em insistir em ter esperança de voltar aos filhos e esposa. E tentar desesperadamente se ater a suas convicções.E é sucessivamente punito e , aí vem a palavra chave, condicionado a voltar a sua condição de coisa. Em sua relação dolorosa com a também escrava Patsey(com aquela que deve ganhar o oscar de melhor coadjuvante, Lupita Nyong'o) isso é testado ao limite. Até a religião é justificada para a situação que eles se encontram.<br />O filme tem lá seus problemas, como mão talvez excessivamente pesada, trilha sonora praticamente irrelevante e talvez a possibilidade de um melhor uso da fotografia em alguns momentos do filme. Mas grandes interpretações , até de secundários como Paul Dano(fazendo o odiável Tibeats) e Brad Pitt fazendo um canadense, fazem valer esse filme de 2 horas e 14 minutos. Um mérito que deve ser dado ao filme é que ele não se joga a tentação de ser emotivo como os filmes do Steven Spielberg.<br />E o que isso diz aos dias atuais? O alerta de que ainda persiste a diferença de tratamento entre povos, sendo o exemplo mais recente a exclusão de parte dos cidadãos europeus pela Suíça. É um filme que nos lembra de tempos sinistros e da utopia de sermos melhores seres humanos. Um relevante filme. Um filme obrigatório.Dissonanthttps://www.blogger.com/profile/18374743375058611344noreply@blogger.com