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Filme da Vez: Algum Lugar Especial (2020)

   

Um drama que toca o espectador com sua simplicidade para pintar um retrato comovente sobre a mortalidade e a paternidade

                                                                                                           

Nota IMDb: 6,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Nowhere Special
Ano de Lançamento: 2020
Diretor: Uberto Pasolini
Estrelas: James Norton, Daniel Lamont, Eileen O'Higgins
Sinopse: Quando John, um limpador de janelas de trinta e cinco anos, tem apenas alguns meses de vida, ele tenta encontrar uma nova família perfeita para seu filho de três anos, determinado a protegê-lo da terrível realidade da vida.
Crítica: Michael

Criar um filho é uma tarefa bem prazerosa e recompensadora, mas também muito difícil, principalmente para quem é pai ou mãe solteiro(a) e sem parentes para apoiar. Nesta situação, imagine descobrir que você tem poucos meses de vida e que precisa escolher uma nova família para seu filho. Este filme explora esta situação extrema de uma maneira bem introspectiva e dentro de suas limitações traz um retrato comovente sobre paternidade e mortalidade.

A trama mostra John, um pai solteiro de um filho pequeno que descobre que tem poucos meses de vida e que precisa encontrar um novo lar para ele. O roteiro não perde tempo explicando muito as causas disso e nem o passado dos personagens, focando apenas nesta situação específica e nas reflexões e mudanças que ela traz para John à medida que ele se aproxima do seu destino. Vemos várias referências ao fluxo das coisas e de como a vida também segue seu próprio percurso depois de deixarmos este mundo. A própria profissão de John, limpador de janelas, é usada como uma metáfora para a forma como ele passa a enxergar melhor as coisas à sua volta durante a sua jornada. Mesmo sem nenhuma grande reviravolta e apesar de sua produção modesta, o filme consegue capturar de forma tocante estes aspectos mais abstratos ligadas à consciência da mortalidade e do que mais importa em termos do legado que deixamos para trás.

O ator James Norton faz um excelente trabalho como John e consegue retratar bem sua dor e angústia enquanto procura lidar com a morte e ao mesmo tempo proporcionar uma nova vida para seu filho. E ele faz isso sem precisar verter um rio de lágrimas e empregando mais expressões com seu olhar e também atuação física. Destaque também para o pequeno Daniel Lamont no papel de seu filho com uma dose extra de fofura que toca ainda mais o espectador.

Os amantes de um bom drama que não esperem um roteiro cheio de surpresas ou super elaborado terão aqui uma ótima oportunidade de refletir sobre uma situação bem interessante levantada pela premissa do filme. Sua abordagem mais mundana não retira os méritos da sua singeleza e eficácia para tratar de temas pesados e até ajudam a facilitar a identificação do público com personagens que se mostram mais humanos. Tudo isso faz com que esta gema bruta se transforme em uma verdadeira joia para os amantes do gênero.

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