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Série da vez: Electric Dreams (2017 - ?)

Mais uma opção para os amantes de ficção científica adulta que é uma montanha russa de emoções
                                                                                                                                                                   
Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Criadores: David Farr, Francesca Gregorini, Tom Harper, dentre outros
Estrelas: Steve Buscemi, Bryan Cranston, Greg Kinnear, Vera Farmiga, dentre outros

Tirando raras exceções, os fãs de ficção científica adulta não possuem muitas opções de boa qualidade na "TV". Sendo assim, além dos ocasionais filmes que saciam o desejo desse público (muito obrigado, Denis Villeneuve!), os serviços de streaming estão tentando abraçar este gênero. Depois do NetFlix nos presentear com a quarta e excelente temporada de Black Mirror (que comentamos aqui), chegou a vez da Amazon Prime Video lançar a nova série Electric Dreams, uma coleção de histórias baseadas em contos do mestre Philip K. Dick (que é o criador de algumas das histórias de ficção mais conhecidas do cinema como Blade Runner, Vingador do Futuro e Minority Report).

O seriado possui a mesma estrutura de Black Mirror, com cada episódio contendo uma história completa que aborda algum aspecto de revolução tecnológica sendo explorado para abordar os efeitos que isso teria na sociedade e nas relações humanas. As semelhanças não param por aí, uma vez que aqui também existem várias críticas sociais e culturais embutidas, o que ajuda a enriquecer as histórias e seu impacto. Porém, desde o começo fica claro que este seriado possui um tom um pouco mais leve e menos pessimista, mostrando também alguns benefícios que podem ser gerados por essas tecnologias. Claro que muito coisa ainda continua dando errado, mas o tom mais leve também ajuda a proporcionar certa variação.

Outra grande ponto onde os seriados se aproximam é no fato de, em quase todos os episódios, contarem com um elenco que possua pelo menos um ou dois rostos conhecidos do cinema ou da TV. Atores como Steve Buscemi, Bryan Cranston, Greg Kinnear e Vera Farmiga são alguns dos nomes que nos agraciam com seu talento neste seriado, ainda que nem sempre sejam bem utilizados.

Falando nisso, infelizmente as semelhanças com Black Mirror param por aí. Neste seriado, a qualidade dos episódios varia bastante e isso acaba resultando em um resultado final menos positivo do que no "concorrente da NetFlix". Os altos e baixos podem inclusive fazer com que muitas pessoas desistam de ver todos os episódios, o que realmente chega a ser recomendado e não irá gerar problemas uma vez que não existe uma trama compartilhada. As causas desse variações são muitas, mas vários espectadores estão reclamando do fato deles terem alterado as histórias de Philip K. Dick e seus finais, porém não tenho como confirmar isso porque nunca li o material original.

Dentre os episódios que se destacam, temos: "Real Life", que mostra a implicação do uso da realidade virtual como escapismo ao ponto de não sabermos o que é ou não real; "Human Is", que traz uma interessante história sobre o que nos faz realmente humanos; "Safe and Sound", sobre um futuro onde o conceito de "fake news" é levado ao extremo para perpetuar uma desigualdade social forjada; e "Kill All Others", mostrando um futuro onde aqueles que questionam a conformidade social são perseguidos e vistos como ameaça.

De qualquer forma, para os fãs de ficção adulta com certeza vale à pena dar uma chance ao seriado. Vários episódios possuem excelente qualidade de produção, boa história e atuações competentes. E, como já disse antes, se algum episódio começar a incomodar ou a dar sono, basta pular para o próximo. O simples fato das produtoras de conteúdo estarem investindo mais neste gênero já é um excelente sinal para nós espectadores e amantes de ficção científica.

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