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Filme da vez: Liga da Justiça (2017)


Talentos individuais e boa química não são o suficiente para salvar este filme que sofre de uma crise de identidade
                                                                                                               
 Nota IMDb: 7,9 (até o dia da postagem e despencando...) (IMDb)
Título original: Justice League
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Zack Snyder
Estrelas:    Ben Affleck, Gal Gadot, Jason Momoa
Sinopse: Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman, Bruce Wayne convoca sua nova aliada Diana Prince para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes, poderá ser tarde demais para salvar o planeta de um catastrófico ataque.

Alerta de spoilers: esta crítica contém spoilers leves sobre alguns elementos da trama

Depois da reação extremamente polarizada de 'Batman vs Superman' e do sucesso estrondoso de 'Mulher-Maravilha', já era esperado que o primeiro filme que reúne o time de heróis da DC tentaria se pautar mais pelo último na esperança de surfar na onda de esperança que foi criada e se distanciar mais do tom sombrio que estava sendo o foco anteriormente. No entanto, ainda que a química dos heróis seja boa e individualmente eles tenham momentos interessantes, o resultado de sua reunião acaba no final sendo comprometido por uma história confusa, piadas fora do tempo e um vilão desinteressante.

Desde o começo fica evidente a tentativa de mudar o tom dos filmes anteriores de Snyder que, sem dúvidas, exageraram na dose e fizeram um uso totalmente equivocado da paleta sombria estabelecida por Nolan em sua trilogia. Com um discurso mais esperançoso e piadas mais frequentes, este filme mostra que a DC está tentando se aproximar mais da estratégia da "Casa das Ideias". Também fica claro que o sucesso de seu filme solo fez com que a Mulher-Maravilha ganhasse mais destaque e foco da câmera, inclusive com elementos de liderança que nem combinam com o que já se viu na Liga da Justiça anteriormente. O problema é que, para isso, Zack Snyder precisou abdicar de muito do que estava construindo e, ainda que não fosse fã do que estava sendo feito, isso sem dúvidas fez com que ele perdesse o foco e o controle da situação. Sua saída da direção e a entrada de Joss Whedon para finalizar o longa só contribuíram para essa espiral e o resultado é um colcha de retalhos.

Vamos começar pelos heróis. Fora aqueles que já conhecemos e que tiveram filmes anteriores para serem introduzidos, como Batman e Mulher-Maravilha, o filme precisa gastar um tempo razoável nos apresentando os outros membros do time e faz isso com resultados variados. O Flash de Ezra Miller, apesar de meio espalhafatoso e caricato, é uma adição positiva para a equipe e proporciona os poucos sorrisos genuínos do filme. O "Aqua-bro" de Jason Momoa superou minhas expectativas e conseguiu ser mais do que o brutamontes com tiradas que esperava. Mas a maior surpresa para mim foi o Ciborgue de Ray Fisher, interpretado com extremo carisma e com um destaque inesperado na trama. Outra agradável surpresa, ainda que prejudicada por diálogos sofríveis, é a "nova versão" de Superman mostrada nas telonas, sendo finalmente retratado como símbolo de esperança e de justiça e com menos conflitos morais. O ponto negativo vai para o Batman de Ben Afleck que perdeu grande parte da sua utilidade e não se ajusta bem ao tom mais leve do filme, se mostrando totalmente fora do tempo nas piadas.

Já no time de vilões, o filme decepciona e muito. Com um vilão principal totalmente em computação gráfica e sem qualquer motivação interessante além do velho "destruir a Terra", o filme acaba desprovido de um real senso de ameaça e ficando completamente previsível. Se pelo menos os efeitos especiais fossem bem feitos... mas fica claro que o excesso de cenas com efeitos afetou o resultado final. Isso sem falar do já lendário e intragável "bigode removido digitalmente" de Henry Cavill. Por outro lado, temos algumas excelentes cenas de ação, tanto individuais como coletivas e que certamente irão agradar os fãs que tanto ansiavam por isso na telona. A trilha sonora de Danny Elfman também é um ponto alto e mescla bem as trilhas clássicas com as mais recentes.

Com heróis talentosos e promissores sendo usados de forma equivocada para combater um vilão vazio, este filme me lembrou bastante o recente "Esquadrão Suicida". Não sei se os poucos sinais de esperança demonstrados serão suficientes para salvar esta franquia ou se teremos apenas filmes solos entre novas aventuras da queridinha do momento, a Mulher-Maravilha. Talvez a saída (já tardia) de Zack Snyder desse universo possa trazer a renovação necessária e permitir que os filmes da DC encontrem um tom próprio que respeite a particularidade e o legado de cada herói. E se, depois disso, tivemos uma motivação melhor par reuni-los novamente com a qualidade que merecem, os fãs estarão esperando ansiosos.

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Um comentário:

  1. Estes tipos de filmes são dos meus preferidos, por que me diverte por um tempo. Mas meu filme favorito da DC foi Mulher Maravilha. Adoro os filmes de ação! Mulher Maravilha é um dos melhores filmes que estreou o ano passado. É uma história sobre sacrifício, empoderamento feminino e um sutil lembrete para nós, humanos, do que somos capazes de fazer uns com os outros. O ritmo é bom e consegue nos prender desde o princípio. É um dos filmes da DC gostaría que vocês vissem pelos os seus próprios olhos, se ainda não viram, deveriam e se já viram, revivam a emoção que sentiram. Eu gosto da forma em que ela esta contada, faz a historia muito mais interessante. Gal Gadot é ótima porque mostrou com perfeição a jornada de uma deusa, uma guerreira e uma mulher. Eu recomendo!

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