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Momento nostalgia: O dia em que assisti Matrix no cinema

Eu esperava por um "Caçadores de Emoção" ou "Velocidade Máxima". Que bom que estava enganado...

Se teve um período da minha vida em que eu fiquei totalmente desconectado do cinema foi na época do vestibular, mais precisamente em 1999. Além de ainda não dispor de um computador ou acesso à internet para poder ler notícias ou assistir a trailers, a dedicação aos estudos me afastou de ir ao cinema por um bocado de tempo. E foi assim que, um dia em que meu irmão mais velho ficou com pena do meu cansaço e stress, fui convidado por ele para assistir a um novo filme de Keanu Reeves que havia estreado recentemente: Matrix.

Imagine entrar no cinema para ver este filme sem ter assistido qualquer trailer ou nem sequer ter dado uma boa olhada no pôster. Pois é, foi assim que cheguei em uma sala de exibição do Buriti Shopping de Aparecida de Goiânia para ver o que, ao meu ver, seria um novo “Caçadores de Emoção” ou “Velocidade Máxima”. 

O filme começou e vejo uma mulher vestida de roupa colada preta fugindo da polícia e fazendo coisas que pareciam mais cenas tiradas de um filme de artes marciais chinês estrelado por Jet Li. Eu e meu irmão começamos a nos olhar com cara feia já imaginando que havíamos entrado em uma roubada. No momento em que Trinity paira no ar e dá um chute que arremessa um policial a metros de distância, sem brincadeiras, nós quase saímos do cinema para ver se daria tempo de achar outro filme. Ainda bem que não fizemos isso, caso contrário teria perdido o que foi, sem sombra de dúvidas, a melhor experiência que tive em uma sala de cinema até hoje.

A trama foi se desenrolando de forma interessante e mostrando que havia algo diferente no filme, principalmente depois da cena de interrogatório de Neo com o agente Smith em que sua boca some. Já estávamos bem tensos e curiosos, mas nada poderia nos preparar para o que estava por vir. Depois da cena em que Morpheus explica para Neo o que havia acontecido com a humanidade e mostra que os seres humanos haviam sido reduzidos a uma pilha, no exato momento em que ele segurou a “duracell” na mão, eu e meu irmão nos olhamos boquiabertos e sem acreditar no que estávamos presenciando.

O resto do filme foi nos inundando com momentos de emoção acompanhados de gritos de admiração, seja nas lutas impressionantes ao momentos de “mentira embasada”. A cena de invasão ao prédio ficou impressa em minha mente como a melhor cena de ação de todos os tempos. Quando o helicóptero de fuga está caindo e Neo faz como se fosse segurá-lo através de um cabo, nós gritamos “Truuuuucooooo” imaginando que ele fosse mesmo conseguir, para só depois sermos surpreendidos com a fantástica escapada de Trinity.

E no final, fomos agraciados com um intrigante voo e a arrebatadora música de “Rage Against the Machine”. Saímos do cinema totalmente surpresos e felizes com o filme e acho que isso até me ajudou a relaxar para continuar firme nos estudos. Com a facilidade de acesso atual a trailers que inundam a internet e até a TV aberta, é quase impossível que eu consiga repetir esse tipo de experiência com um filme, principalmente com um blockbuster. É uma pena, mas vou lembrar sempre com carinho desse dia que marcou minha vida de cinéfilo.

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