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Eu faria assim: Filme medieval com dragão - Parte 10 (Final)


A batalha final se inicia com Balaur atacando Kalydor com suas afiadas garras. O guerreiro recua para desviar do golpe e logo em seguida atinge com a espada a pata que o atacou. A espada sagrada, diferente das outras vezes, consegue penetrar as escamas e parece ferir Balaur, que emite um rugido de dor. A mancha de sangue na ponta da espada comprova o status de mortalidade da criatura e aumenta a confiança do guerreiro. Seus instantes de felicidade são interrompidos pelo brilho na garganta de Balaur que denunciam a preparação para uma baforada de fogo. Kalydor enxerga seu escudo próximo dali e pula em direção a ele. O dragão dispara o jato de fogo e o guerreiro consegue erguer o escudo a tempo de defendê-lo. 

Sem que Kalydor perceba, Balaur começa a avançar enquanto cospe fogo. Ao chegar a uma distância menor, ele interrompe a baforada e ataca o guerreiro com sua garra. Kalydor, que estava encoberto pelo escudo, não tem tempo de reagir e recebe o poderoso golpe que o arremessa a uma longa distância, fazendo-o cair desacordado. O dragão avança vagarosamente para finalizar o guerreiro indefeso. 

A princesa Elanor, já recuperada dos acontecimentos anteriores, decide entrar na batalha. Ela reencontrou seu arco e prepara uma flechada que atinge a cabeça do dragão, mas não consegue penetrar suas escamas. Mesmo assim, a atenção de Balaur se volta para ela e a criatura ruge em tom ameaçador. Depois, o dragão solta um jato de fogo que obriga um desvio rápido da princesa. Percebendo a agilidade de seu adversário, Balaur decide mudar de estratégia. O dragão começa a bater suas asas e levanta uma nuvem de poeira e sujeira que cega a elfa e impede que ela anteceda qualquer ataque. Depois, Balaur se prepara para uma nova baforada. Antes de conseguir isso, porém, ele é interrompido por um ataque de Kalydor. O guerreiro já recuperou sua consciência e pulou sobre a criatura para cravar a espada sagrada em suas costas.

O dragão emite um rugido forte e balança seu corpo para tentar se livrar de Kalydor. O guerreiro se segura forte em sua espada enquanto o monstro se debate. Balaur decide então rolar para esmagar seu inimigo. Percebendo essa manobra, Kalydor pula das costas do dragão e deixa a espada sagrada, que acaba sendo quebrada devido ao movimento de Balaur. O cabo com metade da lâmina fica no chão e o que restou da espada sagrada é contemplada pelo olhar de desespero do guerreiro. 

A fúria do dragão fica evidente e ele parte com tudo para cima do guerreiro. Balaur ataca desta vez com uma mordida voraz e Kalydor consegue usar o escudo para travar as mandíbulas da criatura. O dragão balança o guerreiro violentamente e o obriga a soltar o escudo e ser arremessado contra uma parede. Depois, Balaur joga longe o escudo e segue contra o guerreiro. Kalydor ainda está deitado e não consegue reagir a tempo de evitar ser pego pela poderosa mordida do dragão. 

Balaur crava seus dentes no corpo do guerreiro e a armadura sagrada é a única coisa que impede que Kalydor seja esmagado. Mesmo assim, a armadura começa a ceder e alguns dentes do dragão a atravessam e perfuram o peito do guerreiro. Kalydor grita de dor e esmurra a cabeça de Balaur para tentar se livrar enquanto sente a pressão da mordida aumentando e seu tempo se esgotando. Ouvindo os gritos de desespero de seu amado, Elanor assume posição de ataque. Ela respira fundo, tira uma flecha da alforja e mira com cuidado enquanto prende sua respiração. A flechada desferida acerta em cheio um dos olhos de Balaur.

O dragão imediatamente solta Kalydor e começa a se debater de forma desesperada com a flecha cravada em seu olho. Balançando seu rabo e rugindo enquanto se debate sem rumo, Balaur colide com as paredes da caverna e causa tremores que ameaçam toda a estrutura. De repente, uma avalanche de pedras despencam sobre a criatura e a soterram quase completamente, deixando apenas parte das patas e da cabeça de fora. O monstro desnorteado fica imóvel e emite rugidos abafados.

Kalydor se levanta e caminha com dificuldade em busca do que sobrou da espada sagrada. O guerreiro a pega do chão e caminha cambaleante em direção à montanha de destroços que aprisiona Balaur. Subindo com dificuldade para alcançar a cabeça da criatura, o guerreiro está com olhos cheios de lágrimas e segura firme a espada com as duas mãos, se preparando para o golpe derradeiro. O dragão enxerga a aproximação e tenta uma baforada final. Kalydor desvia girando seu corpo e assim que o fogo se dissipa ele aproveita a boca ainda aberta do monstro e crava vigorosamente a espada dentro da garganta de Balaur. O monstro esperneia e ruge mais forte enquanto se debate sem sucesso. Kalydor grita para que a criatura morra e depois de alguns segundos o dragão fica imóvel fitando o guerreiro e respirando vagarosamente. O olhar fixo do monstro reflete a imagem do guerreiro ofegante e emocionado. Kalydor consegue perceber a vida se esvaindo dos olhos do dragão enquanto ele pisca mais algumas vezes e, depois de uma última respirada e rugida seca, desfalece.

Logo em seguida, o esgotado guerreiro desmaia e sai rolando até cair no chão. A princesa, que já estava correndo em sua direção, o acode e coloca sua cabeça no colo enquanto avalia suas feridas. Depois, ela dá um beijo demorado na boca do guerreiro, que fica imóvel e corresponde apenas com seus lábios. Os dois ainda ficam parados por alguns segundos, recuperando o fôlego e contemplando a figura imóvel do seu formidável adversário. A princesa Elanor então diz para o guerreiro que nem acredita que eles conseguiram. Após um breve descanso, os dois se retiram do local. Kalydor remove a pesada armadura e é ajudado pela princesa para caminhar até a saída do vulcão. 

Eles retornam para a capital do reino e são recebidos com festa por todos. Uma grande celebração é feita para comemorar a vitória dos sobreviventes e honrar a morte de Ilmig. Um funeral majestoso é realizado e um monumento construído para eternizar o heroísmo do companheiro de Kalydor. A estátua do anão empunha seu machado em posição de guarda sobre um suntuoso túmulo. Em outro monumento, uma estátua também foi feita para Kalydor e a armadura sagrada colocada nela, assim como o escudo e a espada sagrada, que foi reforjada. Aos pés desta estátua, foi colocado o crânio de Balaur, o dragão lendário que durante séculos trouxe julgamento por fogo a todo reino. Os eventos da vitória sobre o monstro ganharam contornos de lenda e agora fazem parte da história e do legado para as gerações do porvir.

Kalydor não aceita o convite para ser um cavaleiro real e decide se aposentar das aventuras para viver mais uma vez a rotina de um tranquilo vilarejo do reino. A princesa elfa Elanor renuncia à linhagem real para viver ao lado de seu amado. Os dois recomeçam suas vidas e se rendem ao sentimento que nutrem. No peito de Kalydor, o ódio e o desejo de vingança dão lugar ao amor sincero e sereno. Mas a chama da batalha está apenas adormecida dentro do guerreiro e ficará assim enquanto durar a paz conquistada com tanto sofrimento e sacrifício pelos corajosos aventureiros.


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