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Filme da vez: Aventureiros do Bairro Proibido


Nota imdb: 7,2 (http://www.imdb.com/title/tt0090728/)
Título original: Big Trouble in Litte China
Ano de Lançamento: 1986
Diretor: John Carpenter
Estrelas: Kurt Russel, Kim Cattrall, Dennis Dum
Sinopse: Jack Burton (Kurt Russell) é um caminhoneiro que vai parar em Chinatown depois que a noiva de seu melhor amigo é raptada por um mago de 2.000 anos de idade. Cabe a ele recuperar a moça, embarcando no mundo macabro do mago e conhecendo novos amigos.

A ideia desta coluna "Filme da vez" não é falar apenas sobre filmes novos, na verdade nosso objetivo é fazer uma análise sobre filmes de várias épocas que nos marcaram, explicando o porquê disso e dando nossa opinião. Pretendemos dar destaque a filmes que fogem um pouco dos grandes clássicos (Star Wars, De Volta Para o Futuro, etc), pois desses aí já se falou tudo e mais um pouco. Eu tenho o hábito de assistir filmes "antigos" que não tive a chance de ver antes e muitas vezes me surpreendo. Como já se sabe, gosto não se discute, então talvez alguns filmes presentes citados aqui podem desagradar várias pessoas. Mas quem disse que eu falei pra levar a gente a sério?


Provavelmente este filme não esteja na lista de clássicos da maioria dos cinéfilos tradicionais, mas aposto que ele tem posição de destaque na memória dos nerds da minha época. Um filme absurdamente hilário com personagens marcantes, efeitos especiais típicos dos anos 80 e aquilo que todo filme de ação deveria ter: lutas alucinantes, com direito a duelo de espadas em pleno ar.

Vamos começar pelo título: Os Aventureiros do Bairro Proibido. Na minha opinião esse é um dos raros casos em que o título nacional é tão bom ou até melhor do que o original. Já pensou se traduzissem diretamente o titulo original? "Confusão em Chinatown"? "Trapalhadas no Bairro Chinês"? Ia parecer filme estrelado por Didi e companhia.

A trilha sonora grita anos 80 e parece uma versão alternativa da trilha do Streets of Rage, criando o clima que combina com o resto dos clichês da época.

Os personagens do filme são um dos seus pontos fortes, com mais destaque para os "bad guys". Todo gamer que se preze deve reconhecer alguns dos personagens do filme como lutadores do game de luta clássico Mortal Kombat: Lo Pan é o Shang Tsung; um dos "Três Trovões" é o Raiden (com direito a chapéu e tudo) e o outro magrelo pode ser considerado um Kung Lao. Não sei se o jogo copiou do filme (que é mais antigo), mas acho que se trata de ambos copiando da mitologia chinesa. Já a galera do bem tem como estrela um Kurt Russel fazendo papel do típico americano convencido e bonachão que na verdade não é lá tudo isso. Quem desce a porrada mesmo é o seu parceiro Wang Chi, interpretado por Dennis Dun, protagonizando inclusive a memorável cena do duelo de espadas em pleno ar contra um dos trovões. Destaque também para a figura caricata de Egg Shen, uma espécie de feiticeiro local cheio de truques e caretas inesquecíveis. Com certeza um filme de John Carpenter não poderia deixar de ter suas criaturas bizarras e talvez desnecessárias, como o "bigfoot dentuço" que rapta Grace Law e a "minhoca inseto" que ataca o grupo no submundo de chinatown, O beholder que funciona como vigia do Lo Pan eu até achei legal e não colocaria na lista dos desnecessários.

A história do filme traz aquela inocência dos anos 80, uma época em que os filmes não precisavam ser tão realistas ou causar grandes reflexões para agradar. Diversão descompromissada em sua mais pura forma! Quem não tiver capacidade de aguentar os absurdos da "forma mais negra de magia chinesa", como o próprio filme diz, é melhor nem tentar. Raios de magia e explosões causadas por jóias? check. Vilões que soltam luz pela boca e olhos? check. Monstros absurdos sem nenhuma explicação prévia? check. Enfim, está montado o cenário para uma história de aventura com muitos alívios cômicos e pouca calmaria. As lutas são bem coreografadas considerando que se trata de um filme ocidental da década de 80. Tudo isso preenche o pacote com uma hora e meia de entretenimento garantido.

Se você não viu esse filme porque é jovem o suficiente para perder seu apogeu na "Sessão da Tarde", ou se você é das antigas e simplesmente nunca teve a chance de assistir, ainda há tempo. Mas se você, assim como o advogado incrédulo que entrevista Egg Shen no começo da película, não tem imaginação suficiente para acreditar em magia, segue aí minha última arma de convencimento:

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