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Eu faria assim: Filme medieval com dragão - Parte 1


Eu sempre fui fascinado pelo universo de fantasia medieval. E isso não começou por causa de O Senhor dos Anéis, como aconteceu para muitas pessoas. Só fui saber da existência dos livros de Tolkien quando já estava na faculdade e surgiram os rumores da adaptação para o cinema, no final da década de 90. Minha fascinação pela fantasia medieval foi iniciada principalmente por jogos como Diablo, Elder Scrolls e Baldur's Gate e também pelos filmes da série Conan. Inclusive meu nick de internet e o nome que uso para criar guerreiros nos RPGs até hoje foi tirado do personagem coadjuvante que Arnold Schwarzenegger interpretou no filme Guerreiros de Fogo (Red Sonja), chamado Kalydor (deveria ter se chamado Conan, mas acho que houve problema de direitos). Apesar disso, nunca consegui gostar de RPGs de tabuleiro, talvez porque eu seja muito visual e precise desse estímulo para me sentir imerso no universo medieval. Outro preconceito que tenho é com RPGs futuristas, motivo pelo qual nunca joguei jogos como Mass Effect. Tenho certeza de que esse é um jogo sensacional mas, para mim, RPG tem que ser medieval.

Na minha opinião, um universo medieval só está completo se existir pelo menos um dragão envolvido. A ideia absurda da existência desses seres fantásticos que, em sua forma mais clássica e ocidental, são feras gigantes voadoras e cuspidoras de fogo, é algo que me motiva a jogar um jogo medieval ou então assistir a um filme que retrate esse universo. Já experimentei vários jogos que conseguiram retratar de maneira competente o terror e a magia dessas criaturas. Inclusive acho que essa mídia é a que mais dispõe de uma biblioteca de dragões com grande variação e qualidade. Talvez um dia escreva sobre isso e faça uma lista, mas posso dar alguns exemplos que me vem na memória agora: Baldur's Gate 2, Sacred, Demon Souls, Dark Souls, Dragon´s Dogma etc. Também já assisti alguns animes que trouxeram boas encarnações de dragões, como os OVAs de Record of Lodoss War. Até mesmo no departamento das "animações 3D" já vi bons exemplos, como no caso da Lenda de Beowulf. Nas séries de TV, vale destacar os dragões de Game of Thrones que ocuparam um lugar de destaque na história. 

Chegando agora ao ponto que queria, pelo menos ao meu ver, raramente assisti a um filme "live action" que conseguisse dar vida a um dragão de maneira satisfatória. Não se trata apenas de realismo, é preciso que haja toda uma atmosfera de terror e também que a criatura seja um elemento central da trama. No filme 13º Guerreiro, existe um suspense e expectativa de que no fim haverá um dragão devido a referências de uma "serpente de fogo que desce a montanha". No final, não teve dragão, mas mesmo assim gosto muito do filme. Eu também gostei do filme Dragon Heart, onde o "guerreiro" foi interpretado por Dennis Quaid e o dragão foi dublado por Sir Sean Connery. O problema foi que o dragão era bonzinho demais, inclusive com momentos de humor que acabaram frustrando minhas expectativas. Eu quero ver um dragão mal, um ser feroz que se alimente de carne humana e seja um guardador de tesouros, que viva em uma montanha e cuspa fogo. Finalmente isso foi materializado no segundo filme da trilogia do Hobbit, com uma representação fantástica do dragão Smaug, aterrorizante e com grande papel na trama do filme.

Porém, desde então, sigo carente de um outro bom filme medieval com dragão. Por isso tomei a iniciativa de pensar em uma história que pudesse realizar esse meu anseio. Não tem nada muito inédito, apenas usei a mitologia existente e até me inspirei em coisas que joguei ou assisti. O nome que tenho em mente para o filme é "Julgamento por fogo". Não colocarei diálogos e irei me concentrar na narração dos fatos principais, especialmente as batalhas. Com certeza essa história pode ser expandida para algo que se torne um livro futuramente ou representar até uma trilogia de filmes (o Peter Jackson não fez três filmes de mais de duas horas cada se baseando num livro pequeno?), mas isso não é minha preocupação atual. Neste momento irei apenas registrar esse enredo básico que já está em minha mente há algum tempo. Talvez no futuro eu volte e continue a trabalhar nisso. Irei dividir a historia em partes para limitar seu tamanho, isso sem falar na chance de criar uma expectativa legal.

Depois de tanta introdução, vamos à primeira parte da minha ideia:

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O local dessa aventura é um reino composto de várias cidades e uma capital, inseridos em uma vasta região com montanhas, lagos e planícies. Sobre a superfície, três raças distintas convivem no reino de maneira quase sempre harmoniosa: humanos, elfos e anões. No mundo subterrâneo, o poder fica dividido entre os orcs, trolls e goblins. Os dois mundos vivem em constante conflito, sendo que no meio disso ainda existe o perigo dos monstros e criaturas selvagens que habitam a região.

A história começa com Kalydor lutando com um estranho em um dos guetos da capital do reino, cercado de pessoas que formam uma roda e apostam no resultado do embate. Kalydor é um humano guerreiro mercenário e caçador de recompensas que, nas horas vagas, também faz lutas rápidas para levantar dinheiro fácil. Seu companheiro de aventuras é um anão chamado Ilmig que também é um excelente guerreiro, mas cujo principal interesse é o sonho de enriquecer e acumular tesouros. A fama da dupla é conhecida em várias cidades do reino por sua eficiência e coragem. Mas, apesar de ser um mercenário, Kalydor está mais interessado nas aventuras do que nas recompensas. Isso muitas vezes leva a conflitos com seu parceiro anão.

A luta é interrompida por uma agitação na ruas da capital causada por um ataque de Balaur, o temido dragão que assombra o reino desde o início dos tempos. O monstro voador é um dragão vermelho gigante de imenso poder e fúria insaciável, que cospe fogo e mora no interior de um vulcão que fica em uma região inóspita ao sul do reino. Apesar de ficar em sono profundo a maior parte do tempo, quando acorda o dragão sai da montanha para se alimentar. Sua toca é forrada com milhares de esqueletos de suas vítimas e dos desafortunados que tentaram roubá-lo enquanto dormia.

O último ataque causou grande destruição e morte na capital, mas Kalydor e seu companheiro conseguiram escapar. Os três reis governantes da superfície, um humano, um anão e um elfo, convocaram uma reunião de emergência na capital para discutir a situação. Neste encontro, apesar de discordarem sobre como melhor se defender, todos concordam que é impossível matar o dragão. É neste momento que se pronuncia o conselheiro do rei humano, um mago extremamente poderoso e conhecido no reino cujo nome é Magharem. Ele diz que decifrou e estudou por muitos anos todas a antigas escrituras que falam do dragão e que conseguiu descobrir uma forma de destruí-lo. Mesmo duvidando do mago, os três reis decidem ouvir seu plano.

O mago então explica que, segundo as escrituras, Balaur é um dragão imortal, a encarnação do mal que desperta para trazer o julgamento por fogo ao reino, mantendo assim o equilíbrio entre as forças do bem de do mal. Mas, de acordo com Magharem, o criador de Balaur também deixou uma forma de derrotá-lo. A fonte do poder eterno de Balaur reside em um cetro de rubi que está localizado em sua toca. Se o cetro for destruído, o dragão se tornará mortal. Este cetro está preso em um baú que possui três travas mágicas. Para abrir cada trava, é preciso destruir um guardião e tomar posse de um item sagrado que está em poder deste guardião.

O primeiro guardião vive em um pântano no extremo oeste do reino e protege uma espada sagrada. O segundo guardião habita as planícies do extremo leste e guarda um escudo sagrado. O terceiro e último guardião vive em um labirinto do mundo subterrâneo no extremo norte do reino e guarda uma armadura sagrada. O mago explica que, segundo as escrituras, com os três guardiões destruídos, as travas são removidas e o baú mágico que guarda o cetro de rubi será aberto. Então, um guerreiro humano e plebeu deve usar a armadura, escudo e espada sagrados para, depois que o cetro for destruído, conseguir matar Balaur. Segundo Magharem, a armadura e o escudo sagrados são os únicos capazes de resistir ao fogo consumidor do dragão, enquanto a espada sagrada é a única capaz de perfurar suas duras escamas.

No final, Magharem diz que, se tudo for feito de acordo com as escrituras, Balaur poderá ser derrotado e o reino liberto dessa maldição. Como o único que conhece o conteúdo das escrituras, o mago termina sua fala se oferecendo para liderar o grupo que irá tentar esta grande façanha.

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6 comentários:

  1. Nossa, a história já está quase pronta, vc deveria escrever mesmo... Tô curiosa pra saber se o Kalydo vai ter uma parceira romântica kkkkkk

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    1. Vai ter sim, quem sabe a gente não pode chamar ela de Semelle?

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  2. Olhae... to achando que em breve as aventuras de Kalydor e Semelle serão publicadas, heheheh.

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    1. Muito obrigado pela força Lohance! Se você, o maior "especialista medieval" que conheço, tá botando fé, posso dizer: "I believe".

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  3. Observação... não queira um dragão nojento babando larvas... é melhor um malvado e baforento babando LAVA!!! (3º parágrafo) hehehe

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    1. hahahahahahahahahahaha
      muito comédia!!!!!! Sem querer acabei de invertar um novo tipo de dragão "babador de larvas"...hahahahahah..... eu faria ele com asas de gafanhoto....hahahahahahaha
      Para o bem da nação, foi corrigido..... honest mistake.

      Valeu Lohance!

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